O Brasil já viveu algumas crises energéticas e, se considerarmos a dependência do país da energia gerada pelas hidrelétricas, ainda pode sofrer com esse problema outras vezes por conta das mudanças climáticas e decorrentes períodos de seca.
As crises energéticas podem ser descritas como os períodos em que o abastecimento de energia de um país fica comprometido por conta da queda de produção das principais fontes da matriz elétrica.
Como consequência, as crises energéticas podem causar aumento nos preços da energia, interrupções no fornecimento e até desencadear outras crises globais no setor.
A energia é um insumo fundamental para a operação de qualquer negócio, da indústria aos prestadores de serviços. No entanto, são as pequenas empresas, de recursos limitados, as mais vulneráveis às oscilações de preço causadas por essas crises.
Uma variação dos preços da energia pode afetar a lucratividade dos pequenos negócios, uma vez que influenciam os custos de produção, operações diárias e a competitividade no mercado.
A seguir, vamos saber mais sobre os impactos das crises energéticas para os pequenos negócios, especialmente se considerarmos o cenário atual de aumento da demanda global por energia, conflitos geopolíticos e os fatores climáticos.
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Impactos da crise energética
Como vimos, os pequenos negócios são mais vulneráveis às alterações de preços da energia. As crises energéticas podem causar impactos imediatos a essas empresas, como:
Aumento nos custos operacionais
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em 2019, mostrou que a conta de energia representa mais de 15% dos custos operacionais dos pequenos negócios.
Por terem margens de lucro mais apertadas, essas empresas sentem os efeitos do aumento nas tarifas de energia de forma mais acentuada.
Dificuldades de planejamento
Com o preço da energia instável, o planejamento financeiro dos pequenos negócios se torna mais desafiador, por conta da necessidade de ajustes frequentes no orçamento para lidar com as variações.
Redução da competitividade
Custos energéticos elevados podem limitar a capacidade dos pequenos negócios de competir com empresas maiores, que se beneficiam do poder de negociação e da absorção de custos.
Como enfrentar
Se as crises energéticas podem se tornar cada vez mais frequentes, como os pequenos negócios podem se preparar para enfrentá-las?
Algumas estratégias são:
- Eficiência energética: adotar medidas para otimizar o consumo de energia, como a troca de equipamentos por versões mais eficientes, automação de processos e o uso inteligente da iluminação e refrigeração;
- Investimentos em energia renovável: sistemas de geração de energia próprios, utilizando, por exemplo, a energia solar, podem trazer mais independência em relação ao mercado e gerar economias a longo prazo;
- Contratação de tarifas mais adequadas: pequenas empresas podem analisar as opções de contratação de energia no mercado livre ou usufruir de tarifas diferenciadas, medidas que representam economia durante períodos de crise.
Tecnologia e inovação
A tecnologia e a inovação também são aliadas das pequenas empresas no enfretamento das crises energéticas. É possível:
- Utilizar tecnologias de monitoramento e outras ferramentas de gestão de energia para monitorar o consumo em tempo real e identificar áreas onde é possível economizar;
- Adotar sistemas de armazenamento de energia, como baterias e outras tecnologias, para armazenar energia em períodos de menor demanda e utilizá-la quando os preços estiverem mais altos.
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Desafios e adaptações
As crises energéticas e consequentes oscilações de preços causadas por elas representam desafios significativos para a sobrevivência e competitividade dos pequenos negócios.
Porém, mesmo diante dessa realidade, existem estratégias e tecnologias acessíveis que podem ajudar essas empresas a se adaptarem para enfrentar esses momentos de instabilidade.
É sempre importante lembrar que os empreendedores devem procurar assessoria especializada para implementar medidas de eficiência energética.
Também é fundamental que esses negócios adotem posturas proativas em relação à diversificação das fontes de energia e ao planejamento financeiro.
Dessa forma, pequenas empresas podem reduzir os riscos e garantir a sustentabilidade dos negócios em tempos de crise.
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