Dicas para economizar energia nas empresas

Adicionado ao carrinho

Carga horária: NaN minuto

Investimento:
R$ 0,000 x R$ 0 sem juros
logo

Adicionado ao carrinho

Carga horária: NaN minuto

Investimento:
R$ 0,000 x R$ 0 sem juros

Sustentabilidade

Artigo
Artigo

Dicas para economizar energia de maneira mais eficiente nas empresas

Confira dicas práticas para economizar energia nas empresas

Publicado em
19/07/2024 16:20

Tempo de
leitura: 15min

Capa Conteúdos Sebrae Play (8).jpg
Confira dicas práticas para economizar energia nas empresas

Fazendo cálculos e adotando medidas simples, é possível economizar na conta de luz e ter uma geração de energia mais renovável.

Em uma entrevista exclusiva, o CEO da consultoria Greener, Márcio Takata, contou para o Sebrae algumas ideias e dicas para economizar energia nas empresas. Veja agora algumas dicas para utilizar a energia de forma mais eficiente!


 
 


 

Perspectivas da energia no Brasil

Em um cenário de elevação de custos operacionais e de aumento de tarifas de energia no Brasil em decorrência da crise hídrica, a gestão energética eficiente passou a ser elemento fundamental na gestão das pequenas e microempresas (PMEs). Infelizmente, a tendência de elevação dos custos de energia elétrica deve permanecer pelas próximas décadas, devido ao fato das mudanças climáticas afetarem, diretamente, a produção das hidrelétricas. Além disso, os investimentos para as linhas de transmissão das usinas hidrelétricas e parques eólicos até as unidades consumidoras é altíssimo, com grande impacto ambiental e perdas técnicas.

Como economizar energia nas empresas?

Diante desse cenário, o interesse dos consumidores em reduzir os custos com a energia elétrica será cada vez maior e deve abrir mais espaço para a energia elétrica produzida a partir da luz do sol. De acordo com Márcio Takata, o primeiro erro cometido por muitas empresas é simplesmente não fazer a gestão de energia do negócio.

“Essa questão sempre envolve dinheiro. A gestão energética recomendada para um empreendimento comercial ou industrial aponta para a necessidade de maior eficiência no consumo da energia, trazendo impactos diretos no custo operacional”, esclarece Takata.

Outro ponto importante, destaca, é fazer um diagnóstico adequado do uso de energia, de modo a obter claramente o perfil de consumo – saber o quanto representa o gasto com energia elétrica com relação aos custos fixos da empresa – assim é possível identificar oportunidades de redução do uso e de utilização mais racional do recurso.

Diagnóstico do consumo de energia

Também é fundamental apurar como essa energia é consumida, isto é, aferir quais cargas são as mais relevantes e diretamente relacionadas ao consumo e composição das despesas. É também necessário acompanhar o consumo mensal pela conta de energia e analisar o comportamento e a segmentação das principais cargas, de modo a entender o potencial de economia e de eficientização de cada uma dessas cargas, de forma a ter uma clareza das principais oportunidades vislumbradas no horizonte.

“Nesse sentido, o passo seguinte é fazer uma análise de investimentos e conferir quais ações poderiam ser tomadas no sentido de tornar mais eficientes essas cargas e sugerir, por exemplo, substituição dos principais elementos de consumo de energia por alternativas eventualmente mais modernas e capazes de reduzir esse consumo de energia. O caminho é buscar compreender como a eficiência energética pode trazer resultados de curto, médio e longo prazo, de modo a priorizar soluções de maior impacto ou com condição de retorno de investimento”, diz Takata.

O que impacta no consumo de eletricidade nas empresas

Os equipamentos com maiores consumos de eletricidade em uma empresa variam bastante em função da atividade. Por exemplo, nas atividades comerciais, a climatização, em geral o ar-condicionado, é uma carga significativa nos edifícios. Se for possível, trocá-lo por ventilador, cujo consumo de eletricidade é menor. Caso não seja possível, quando usar manter portas e janelas fechadas enquanto estiver ligado, assim como manter filtros e dutos de circulação limpos.

“Também podemos citar para alguns setores com climatização e outras atividades de impacto na conta de luz, como aquecimento e iluminação. Já na indústria, há uma variedade importante do perfil do consumo e isto depende, naturalmente das atividades realizadas por cada empresa. Alguns processos produtivos envolvem aquecimento, com uma demanda bastante importante de eletricidade ou de outros insumos energéticos, passando por climatização, iluminação, sem esquecer da força motriz das máquinas e motores, responsáveis muitas vezes pela principal carga”, aponta o especialista.

Oportunidades para usar a energia de forma mais eficiente

Há, no entanto, muitas empresas com parque fabril antigo, cuja substituição poderia representar excelente oportunidade de redução de custos. Outro ponto a ser considerado, é o fato de muitos consumidores de média e alta tensão pagarem tarifa diferenciada em função do horário de consumo, já como estratégia para economizar.

“Para quem ainda não conhece essa possibilidade, a sugestão é fazer o reenquadramento tarifário junto à fornecedora elétrica – o objetivo é aderir ao padrão de consumo mais eficiente possível, de forma a não haver risco de ultrapassagem de demanda, fator previsto em contrato de cobrança adicional na conta de luz”, informa Takata.

Energias renováveis: vale a pena?

Tendo como premissa analisar primeiramente todas as possibilidades de melhoria da eficiência energética da empresa, outra possibilidade são as fontes de energia renováveis. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), após a instalação da energia solar fotovoltaica ou outras fontes de energia renováveis, como, por exemplo, biomassa e eólica, os empresários podem ter uma redução no custo com a conta de luz em 95%.

No primeiro semestre de 2021, o volume de módulos fotovoltaicos comercializados atingiu 4,88 gigawatts (GW), superando o volume do ano todo de 2020. “Porém, antes de contratar um sistema de geração distribuída (GD) baseado em energia solar ou em outras tecnologias, é fundamental o gestor da PME ter clareza com relação ao consumo energético mensal ou anual do negócio. Assim, será possível para a empresa contratada dimensionar seu sistema de forma adequada e realista do nível de investimento necessário para viabilizar esse sistema fotovoltaico, ou seja, ter clareza com relação ao potencial de economia e retorno de investimento proporcionado pelo contrato”, comenta o CEO da Greener.

É importante o consumidor fornecer informações capazes de sustentar uma análise de viabilidade.

Como funciona a análise de viabilidade?

O objetivo será indicar, entre outras questões, qual será o melhor local de instalação do sistema, seja sobre telhado do edifício, casa ou prédio deste consumidor ou sobre o solo em uma área anexa ou eventualmente um modelo baseado em geração remota localizada em uma mesma área de concessão em que se encontra o consumidor. Há diferentes modelos disponíveis para se viabilizar esse sistema de geração de energia, capazes de trazer diferentes condições de retorno e benefícios.

“O dimensionamento adequado desse novo sistema tende a garantir com realismo o consumo de energia de forma a proporcionar a melhor condição de retorno de investimento. A escolha adequada do fornecedor responsável por especificar e instalar o sistema de energia solar é outro fator fundamental para assegurar benefícios consistentes e de longo prazo. Uma instalação bem executada, aliada à escolha de um fornecedor integrador eficiente, com boas referências técnicas, é fundamental para o sucesso de uma instalação remota ou junto do edifício”, explica Takata.

Conscientização da economia de energia em uma empresa

Um projeto eficiente de gestão energética requer engajamento da alta gestão e de todos os demais colaboradores. A conscientização coletiva na empresa é fator chave para se obter economia e uma operação mais eficiente. Palestras, dinâmicas, informativos por e-mail, cartazes, enfim, são inúmeras as possibilidades de instruir e incentivar os funcionários a saberem mais sobre o assunto – e a colocarem em prática o propósito de economizar.

Dicas práticas para economizar nas empresas

Outra medida do especialista é fazer construções na área da empresa de modo a aproveitar a luz natural e a ventilação natural. A iluminação em um escritório pode ser responsável por aproximadamente 60% do consumo de energia. Uma recomendação é evitar acender lâmpadas durante o dia e mantê-las limpas, de modo a garantir a reflexão máxima da luz e a obter maior aproveitamento da iluminação; do mesmo modo, instalar sensores de presença em ambientes de uso transitório, como banheiros, corredores e garagens.

Outra dica é privilegiar o uso das lâmpadas de LED, mais eficientes que as convencionais, assim como instalar interruptor em cada local específico e reduzir a iluminação em áreas de circulação, pátios de estacionamento, garagem e áreas externas, sem, contudo, prejudicar a circulação e a segurança. Se houver elevadores, a dica é acionar um único equipamento no toque do botão e substituí-los preferencialmente pelas escadas quando alguém for acessar os primeiros pavimentos, isto é, quando for subir ou descer poucos andares.

Esta dica é para o computador: desligar monitor, impressora, estabilizador, caixas de som, microfone e outros acessórios quando estiverem sem uso. Outro meio de poupar energia é trocar o filtro de água elétrico pelo tradicional, isto é, dar preferência para o aparelho capaz de operar apenas conectado na rede de água.

Um projeto satisfatório inclui diagnóstico adequado e monitoramento permanente do consumo, de forma a entender em quais locais estão as melhores oportunidades, isto é, identificar as condições de melhor retorno sobre o investimento realizado, a partir das diferentes opções tecnológicas a serem adotadas.

Outro ponto fundamental, além das questões técnicas, é agir no sentido de reduzir e combater desperdícios no dia a dia. A lista inclui realizar testes para identificar fuga de corrente elétrica nas instalações, realizar a manutenção periódica e preditiva nos equipamentos elétricos para prevenir equipamentos desregulados – e ainda, compreender a existência de oportunidades para poupar no curto, médio e longo prazo.


 
 


 

Medidas preventivas de economia

Outra dica é conferir a existência do Selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) antes de adquirir novos equipamentos. Esta certificação indica se o produto é eficiente e consome menos energia, considerando o fato de todo equipamento possuir um índice de consumo e de desempenho. Considerar também as instruções da etiqueta laranja, responsável por informar o consumo médio mensal. Leve isso em conta na hora da compra. É garantia de economia e de consumo mais sustentável.

Ainda com relação aos equipamentos, é recomendável retirá-los da tomada quando estão fora de uso, evitando o modo stand-by de televisores, impressoras, computadores e forno micro-ondas, entre outros equipamentos. Normalmente, uma luz vermelha indica esse modo de espera, porém nessa posição podem consumir, em média, 20% a mais de energia caso fossem totalmente desligados.

Se for conveniente e flexível para o seu negócio, adaptar horários de funcionamento ou de alguns funcionários pode ser uma alternativa de como economizar energia elétrica na empresa e diminuir os gastos. Entre 17 horas e 22 horas, é o horário de pico em que o país atinge seu auge em gasto de energia. Ocorre quando a maioria das pessoas vai para casa e realiza atividades com alto potencial de consumo de energia, como tomar banho, além do fato de muitas fábricas funcionarem 24 horas por dia. Nestes períodos, as tarifas podem ser mais caras.

Não existe um padrão de eficiência energética para cada empresa, mas há um modelo adequado para cada perfil do consumidor disposto a ter uma geração mais renovável e economizar na conta de luz. Uma dica é utilizar algum tipo de ferramenta digital para a gestão da energia na empresa. Outro ponto é a questão comportamental, já que a eficiência energética está também relacionada com a forma como as pessoas utilizam a eletricidade. Portanto, o desafio para as empresas é estabelecer uma cultura organizacional que contemple a gestão da energia de forma mais efetiva e priorizada no ambiente corporativo.

Com relação à geração distribuída, tanto a geração solar junto à carga, quanto para aqueles consumidores com condição de instalar o sistema de energia seja no telhado, seja em um terreno anexo, podem apresentar condições extremamente favoráveis para a sua viabilização. Há também a geração distribuída remota, instalada em uma localidade possivelmente distante dessa unidade consumidora, desde que dentro de uma mesma distribuidora, também pode ser uma alternativa, sobretudo para os consumidores não dispostos a investir.

Existem diferentes modelos de negócios, como por exemplo, o de geração distribuída baseado em locação, no qual o consumidor de energia pode ter por meio do recebimento de créditos, vantagens no sentido de reduzir despesas de energia sem necessariamente investir em uma usina solar, fazendo o uso de infraestrutura viabilizada por empreendedores ter acesso a uma importante economia de uma forma bastante rápida.

Agora que você já sabe como utilizar de forma consciente e otimizada a energia dentro das empresas, se ainda houver alguma dúvida fale com um dos nossos especialistas no Atendimento Online, ligue para nossa Central de Atendimento no telefone 0800 570 0800 ou visite o Ponto de Atendimento mais próximo. Conte com o Sebrae!

Publicado em 19/07/2024 16:20

Tempo de leitura: 15min

Autores

Veja outros conteúdos sobre: Sustentabilidade
Lines
Central de Atendimento:
0800 570 0800

Copyright 2020 - SEBRAE MINAS

Logo Sebrae PlayLogo Sebrae