O futuro dos pequenos negócios com a energia solar

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Sustentabilidade

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O futuro dos pequenos negócios com a energia solar

Entenda como a energia solar se tornou mais que uma tendência de recurso energético

Publicado em
29/05/2024 14:33

Tempo de
leitura: 13min

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Entenda como a energia solar se tornou mais que uma tendência de recurso energético

Transição energética é o debate do momento em termos mundiais e continuará no topo dos assuntos de interesse geral ao longo das próximas décadas. Essa tendência tem tudo a ver com a preservação do meio ambiente e ganhou mais força ainda, por conta da realização, em novembro de 2021, da Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas – a COP26 – em Glasgow, na capital da Escócia.

Durante as discussões, autoridades de 45 países firmaram compromissos voltados a uma redução mais drástica das emissões de carbono como forma de tentar barrar o aumento da temperatura do planeta. Assim, podemos evitar aumento de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e ameaçadores.

O que vem por aí: o futuro da energia solar nos pequenos negócios

Na prática, entre outras providências a serem tomadas, isso significa cortar o consumo de combustíveis fósseis ao mínimo possível, o que traz forte impacto à geração de energia elétrica, já que pelo menos 41% da produção mundial de eletricidade vem da queima de carvão e de derivados de petróleo. Outros 23% são obtidos com uso de gás natural, combustível menos poluente, mas, ainda assim, foco de emissões de carbono.

É nesse cenário desafiador que o amplo uso das chamadas fontes renováveis de energia se encaixa perfeitamente e têm um futuro de expansão extremamente promissor.

O destaque maior nesse mercado é a geração de eletricidade a partir da radiação solar, justamente por sua versatilidade e investimento acessível no caso de sistemas de pequeno e médio porte.

Esse segmento movimenta enormes volumes de negócios no mundo todo e que no Brasil está em plena ascensão, contribuindo para impulsionar pequenas e grandes empresas, em diversos segmentos da cadeia produtiva. Nesse cenário, são vários os benefícios tanto para quem compra e consome eletricidade limpa quanto para quem trabalha direta ou indiretamente com a comercialização de energia, tecnologia de produção ou instalação, venda e locação de equipamentos diversos.


 
 


 

Contexto da energia solar

A tecnologia fotovoltaica, que se vale de painéis fabricados com células de silício, que convertem a luz do sol em energia elétrica, começou seu desenvolvimento mais expressivo a partir de meados dos anos 1900.

Uma opção ainda de alto custo na época, tanto que começou a ser usada em satélites e espaçonaves. Com o decorrer do tempo e os avanços científicos o preço da energia solar foi declinando e hoje está ao alcance de parte representativa da população mundial, graças a uma alta escala de expansão.

Os aprimoramentos continuam significativos, principalmente quanto ao rendimento na conversão da radiação solar em eletricidade, contribuindo, inclusive, para o aparecimento de outros tipos de tecnologia de captação de radiação. Um bom exemplo disso são os filmes flexíveis - que podem ser aplicados a superfícies diversas -, das telhas fotovoltaicas, painéis fotovoltaicos orgânicos (OPVs) e até mesmo tinta com propriedades fotovoltaicas.

Qual o cenário da energia solar no Brasil e no mundo?

Muito se discute o futuro da energia solar no Brasil e no mundo. As evoluções da tecnologia fotovoltaicas estão vinculadas, na verdade, ao desenvolvimento sustentável das sociedades modernas, sobretudo em temas como mobilidade urbana, armazenamento energético, eletrificação veicular, arquitetura e urbanismo, redes inteligentes de energia, internet das coisas em aparelhos eletroeletrônicos e também ao advento da tecnologia 5G de telefonia móvel.

O armazenamento de energia por meio de tecnologias de baterias é essencial para o futuro do setor elétrico mundial, acelerando a expansão das fontes renováveis e permitindo a descarbonização da economia. Isso é um fato cada vez mais conhecido.

O que muitos ainda não conseguem dimensionar é quão próximos já estamos desse futuro. Os fundamentos econômicos e tecnológicos mostram que a transformação já vem dobrando a esquina.

A agenda climática é uma questão urgente, com governos de diversos países estabelecendo metas de descarbonização. A produção de combustíveis fósseis está sendo desincentivada, ao mesmo tempo que tecnologias renováveis recebem grande apoio e tornam-se mais baratas. Na Europa, o fim das vendas de carros a combustão está datado: 2035.

Esse cenário está induzindo mudanças no setor privado. A indústria automotiva avança no desenvolvimento de veículos elétricos, incluindo carros de passeio, ônibus, caminhões e até aviões.

Grandes grupos do petróleo estão direcionando seus negócios para se tornarem empresas de energia. Companhias do setor elétrico com atuação em fontes mais tradicionais, como térmicas, passaram a investir mais em tecnologias de geração limpa como eólica, solar fotovoltaica e hidrogênio.

Estudos da BloombergNEF (BNEF) indicam que a capacidade de armazenamento de energia mais do que dobrou de 2020 para 2021 e que o preço das baterias de lítio caiu quase 90% na última década. Essa redução exponencial de preços é puxada pelo desenvolvimento da indústria da mobilidade elétrica, grande demandante de baterias.

A curva de aprendizado e ganho de escala na produção dessas tecnologias apontam para a continuidade dessa trajetória, num processo similar ao observado com os módulos fotovoltaicos.

A curva de aprendizado só ocorre com a produção em larga escala. A escala só vem com investimentos. E o investimento só é feito com segurança jurídica e regulatória.

Um regramento claro, políticas de incentivos e direcionamento favorável à energia renovável, em detrimento a combustíveis fósseis, são elementos essenciais nessa equação.

Enquanto o armazenamento de energia e a mobilidade elétrica já são realidades em boa parte do mundo, o Brasil ainda discute a viabilidade econômica de sua aplicação.

A mudança climática está cada vez mais evidente no mundo todo, com temperaturas extremas, falta de chuvas regulares, vulcões, tornados e tantos outros exemplos fáceis de encontrar na mídia internacional. Talvez não exista exemplo mais oportuno para reforçar a necessidade de investimentos em energy storage com nossa crise hídrica.

Oportunidades de criar mercado não faltam. As baterias também encontram aplicação em sistemas isolados, em serviços ancilares de rede, em terminais de carregamento de veículos elétricos e na geração distribuída (GD). Esse último segmento, em vias de aprovar um primeiro marco regulatório (PL5829/19), vive um boom de crescimento no Brasil, com a instalação de painéis fotovoltaicos crescendo ano a ano.

Esse cenário oferece grande oportunidade de puxar a utilização de baterias “atrás” do medidor (behind-the-meter), situação em que o consumidor utiliza o sistema off-grid para melhor gerenciar o consumo, guardar a energia gerada durante o dia para utilizar a noite, durante o pico, economizando com tarifas e aliviando a carga do sistema elétrico como um todo.

Esse gerenciamento também pode ser feito por um carro elétrico, convertido em um sistema residencial de armazenamento. Quando observamos que a GD solar está presente em menos de 1% das unidades consumidoras e que as vendas de veículos elétricos têm 2% de participação de mercado, fica claro o enorme potencial do Brasil.

Os investidores estão de olho. Mas é preciso a sinalização correta e a promoção com mais celeridade da modernização do setor. Pois esse potencial também deixa claro o tamanho do abismo a ser coberto.

Outro destaque é a quinta geração de internet móvel (5G), que abrirá uma nova fronteira para a energia solar fotovoltaica no Brasil. O consumo energético do setor de telecomunicações aumentará com a rede 5G e as fontes renováveis serão fundamentais para atender a essa demanda.

Energia solar e tecnologia: quais as perspectivas para o futuro?

A energia solar combinada com sistemas de armazenamento por bateria também ajudará a ampliar o acesso à internet para locais remotos e sem cobertura, conferindo maior segurança ao fornecimento elétrico das antenas. Adicionalmente, o 5G elevará a capacidade de gerenciamento das usinas renováveis de grande e pequeno portes a partir do uso da internet das coisas (IoT).

Com o recente leilão do 5G, o Brasil dá um passo importante para o desenvolvimento tecnológico de diversos setores da economia. Nos próximos anos, as operadoras de telecomunicação investirão bilhões para ampliar a infraestrutura de telecomunicações, uma vez que a rede 5G demandará 10 vezes mais antenas do que a rede 4G. A energia solar caminhará junto a essa nova tecnologia para democratizar o acesso à internet móvel no País.

Outra mudança importante nos próximos anos para o setor de energia solar é a expectativa do acesso ao Mercado Livre de Energia no Brasil pelo pequeno negócio, o chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL), que possibilitará ao empreendedor escolher o fornecedor e a fonte de energia elétrica, com contratos de médio e longo prazos mais atrativos e competitivos.

A construção civil e a arquitetura também terão mudanças importantes com novas tecnologias fotovoltaicas, como, por exemplo, as atuais telhas solares, as células OPV e os filmes finos, que se integram no projeto arquitetônico das edificações, seja em telhados, fachadas ou em vidros, entre outros.

Painéis Solares integrados à construção, não geram apenas eletricidade e melhoria do design, eles também podem fornecer funcionalidades adicionais para o edifício. Por exemplo, proteção contra os raios do sol, isolamento térmico, proteção contra a chuva, sombreamento parcial de áreas, substituição de telhas, etc.

Por fim, há o grande movimento da economia verde, com empresas investindo em soluções sustentáveis para atender às novas exigências dos consumidores, que priorizam produtos e serviços de fabricantes e comerciantes que possuem políticas de sustentabilidade nas operações.


 
 


 

Legislação sobre energia solar

A regulação federal para geração fotovoltaica, tanto no que se refere a grandes sistemas quanto a pequenos projetos, está em processo de mudança. Há razões para acreditar que as regras vão se manter atrativas porque um recente acordo entre a Absolar e o Congresso Nacional, onde tramita um Projeto de Lei (5829/2019), deve permitir uma transição mais suave das regras até então em vigor, originadas pela Resolução Normativa 482/2012, elaborada pela Aneel.

O PL atualiza a regulação atual que foi criada com um propósito mais flexível e facilitador, justamente para impulsionar as fontes renováveis. Hoje a energia produzida pelos pequenos sistemas solares é injetada na rede das distribuidoras e há um sistema de compensação que abate o valor da produção diretamente na conta do dono do sistema.

A previsão é que passe a ser cobrada uma taxa para remuneração pelo uso das redes das distribuidoras. Ainda assim, o uso do sistema solar seguirá vantajoso, embora isso dependa também da sua localização. Em Minas Gerais, por exemplo, estado líder nacional em capacidade instalada da fonte solar fotovoltaica, há benefícios extras como isenção de ICMS.

Portanto, segundo avaliação de especialistas do próprio mercado, a aprovação do PL vai trazer mais segurança jurídica ao setor e deve acelerar os investimentos em novos projetos fotovoltaicos em residências e empresas no País, com mais estabilidade, previsibilidade e clareza para o crescimento acelerado da energia solar no Brasil.

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