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Como analisar o melhor modelo de negócio no setor de energia solar

Conheça as oportunidades de negócio presentes no setor de energia solar

Publicado em
21/05/2024 17:44

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Conheça as oportunidades de negócio presentes no setor de energia solar

De acordo com as projeções da agência americana Bloomberg New Energy Finance, a energia fotovoltaica representará cerca de 32% da matriz elétrica brasileira até por volta de 2040, com capacidade instalada calculada em até 126 GW.

E diante de números tão promissores, é natural querer ingressar no setor de energia solar. Mas qual seria o melhor modelo de negócio para entrar nesse mercado?

É isso que vamos te contar agora!


 
 


 

Cenário do setor de energia solar no Brasil

Há um imenso potencial de negócios a explorar nas próximas décadas, que movimentará novas dezenas de bilhões de reais. Isso, claro, abre um leque enorme de oportunidades para a atuação de novas empresas e impulsiona o crescimento das que já trabalham no mercado.

Os desafios para empreendedores estreantes, portanto, são impactantes. Se de um lado há um elevado potencial de ganhos em uma área que está começando a decolar, por outro, haverá concorrência acirrada que exigirá preparo, capacitação, e planejamento, entre outros atributos, para se diferenciar, vencer e assegurar uma participação firme num setor extremamente promissor, porém exigente e altamente competitivo.

Existem mais de 20 mil empresas no Brasil especializadas em fonte solar. Por isso, é preciso saber identificar o segmento mais adequado para trabalhar e desenvolver a expertise necessária para dominar o negócio, como também ser resiliente para enfrentar, em início de jornada, as respectivas demandas decorrentes da atividade eleita.

A cadeia de valor solar fotovoltaica é bastante extensa, conforme aponta abrangente estudo produzido pelo Sebrae, que também elegeu essa área como prioritária para desenvolver sua política de atuação.

Fazem parte desse universo a cadeia produtiva (fabricantes e fornecedores de bens – equipamentos, componentes e materiais), além de todos os serviços relacionados ao segmento, como por exemplo: associações, agentes financiadores, instituições de ensino e pesquisa, empresas de consultoria e engenharia, distribuição de equipamentos, desenvolvimento de projetos, companhias especializadas em Engineering, Procurement and Construction (EPC) - que fornecem serviço de desenho/engenharia, compras e construção -, além de firmas focadas em operação e manutenção (O&M) de instalações fotovoltaicas.

Vale reforçar que, independentemente da escolha do segmento de atuação, é essencial para o futuro empreendedor é saber reconhecer sua própria vocação. Esse fator faz toda diferença na hora de conduzir estratégias e ter determinação para seguir adiante em meio às eventuais adversidades encontradas pela frente.

Como se preparar para entrar no setor de energia solar

As oportunidades de negócio de ingresso no mercado solar são variadas, com opções para todo tipo e tamanho de investimento pretendido. Mas, entre as que mais combinam com o perfil de pequenos e médios empreendedores, se destacam aquelas relacionadas à instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos distribuídos.

Capacitar-se, criar uma marca, montar uma equipe e adquirir equipamentos e ferramentas são os passos básicos para entrar no segmento.

Lembrando também que é preciso desenvolver um plano de negócios aderente às características e pretensões da empresa recém-criada, traçando claramente público-alvo e perfil de cliente. Um checklist básico inclui ainda precificação, estratégia de divulgação, estimativa de custos fixos e variáveis, políticas de estoque e compras, bem como análise financeira em diferentes cenários.

Em termos de recursos humanos, a participação de vendedores experientes e de um engenheiro, pelo menos, é fundamental porque é exigido por lei esse tipo de qualificação na assinatura de projetos. Estes, por sua vez, dependem de um menu de avaliações contendo requisitos como incidência solar, orientação do telhado, parte estrutural, condições locais para fixação de painéis, cálculo da área que esses módulos solares irão ocupar e tipo de ligação elétrica da unidade consumidora.

Saber onde e em que segmento atuar geograficamente, porém, não é menos importante, porque, como já foi observado, a tendência natural é o acirramento da concorrência ao longo do tempo. Dados da consultoria Greener, apontam, por exemplo, que a maioria dos consumidores supridos por geração distribuída são residências e comércios, classes que enfrentam o valor cada vez maior das contas de eletricidade.

As tarifas, aliás, variam significativamente entre as diversas concessionárias que atuam em território nacional, o que torna a geração solar distribuída mais atrativa ainda nos Estados onde as contas de energia pesam mais no bolso do consumidor. Desenvolver um bom relacionamento com as distribuidoras de eletricidade, aliás, é essencial, já que é preciso realizar recorrentes trâmites burocráticos junto a essas empresas para efetivar as conexões das microusinas dos clientes às redes públicas. As companhias também são bastante rigorosas quanto aos padrões técnicos exigidos para as instalações fotovoltaicas, sendo que cada uma possui seus próprios protocolos formais, tendo em vista que não há ainda exigência, por parte da Aneel, de procedimentos unificados.

Público-alvo do setor de energia solar

Voltando aos critérios de escolha do público-alvo, conforme avaliações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), um dos segmentos que mais tem demandado instalação de usinas solares e ainda oferece um potencial incalculável de oportunidades é justamente o agronegócio, que, em 2020, ultrapassou R$ 1,7 bilhão de investimento em plantas fotovoltaicas.

A modalidade é capaz de potencializar os rendimentos e tornar o agronegócio um segmento ainda mais sustentável. Os principais serviços necessários no campo passam pela eletrificação de cercas, irrigação, bombeamento, resfriamento e aquecimento de água, utilização do maquinário e iluminação.

E caso a energia não seja totalmente utilizada totalmente na propriedade, é possível que ela seja convertida para o uso em unidades vizinhas, concedendo créditos em kWh para o titular da usina utilizar em dias de baixa ou nenhuma geração, como é o caso de períodos nublados ou noturnos. Os créditos têm validade de 5 anos.

Como começar? Conheça o modelo de franquia de energia solar

Para empreendedores que não querem sair do “zero”, uma alternativa que tem sido amplamente demanda é a da franquia de energia solar, que oferece um fator maior de segurança. Ou seja, é possível tornar-se parceiro de uma marca forte e reconhecida que se encarrega da transferência de know-how do negócio. Para a implantação de uma franquia de energia solar não é necessário um espaço muito grande.

É possível até montar em casa, proporcionando redução significativa dos custos iniciais do negócio. Mas, além dessa, mas modesta, as franquias de sistemas fotovoltaicos também oferecem a alternativa da loja, fornecendo padronização de itens, como layout e fachada. É preciso manter o padrão estético das unidades, aplicar logomarca etc.

Também é preciso trabalhar de acordo com o padrão de atendimento da marca. Em termos de despesas, há o pagamento de royalties ao dono da franquia, e contribuição para um fundo de publicidade que permite ao franqueador se alinhar com as melhores práticas do setor e manter a divulgação da marca.

Ao partir para essa alternativa, recomenda-se que o empresário verifique as possíveis notificações existentes em órgãos e sites de defesa do consumidor. Da mesma forma, vale procurar franqueados e ex-franqueados para entender a dinâmica de funcionamento da marca e a qualidade de suporte oferecido pelo franqueador pesquise sobre a reputação e know-how da empresa franqueadora. É bastante importante também checar se franquia selecionada está vinculada à Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Demais modelos de negócio

Para atuar com projetos e equipamentos na área de energia solar, é preciso conhecer os modelos de geração fotovoltaica distribuída previstos na Resolução Normativa 482/2012, da Aneel. São eles:

1 – Geração junto à carga

No modelo mais comum de geração distribuída, o consumidor gera a sua própria energia no mesmo local em que consome, é o que chamamos de geração junto à carga ou consumo local. Por exemplo, você possui um sistema instalado em sua residência e esta mesma residência consome a energia que seu sistema gera. A energia exportada para rede ainda pode virar créditos que podem ser consumidos em um prazo de 60 meses.

2 - Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras – EMUC

É o sistema que permite que condomínios horizontais e verticais, sendo eles residenciais e/ou comerciais, instalem um sistema de micro ou mini geração distribuída de energia e compartilhem a energia gerada pelo sistema entre as unidades consumidoras. A energia gerada também pode ser utilizada para a área comum. As unidades consumidoras devem ser localizadas em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas.

3 - Geração compartilhada

É caracterizada pela reunião de consumidores por meio de consórcio ou cooperativa. Pode ser composta por pessoa física ou jurídica que possua unidade consumidora com micro ou mini geração distribuída em local diferente da onde a energia excedente será compensada, desde que dentro da mesma área de concessão da distribuidora de energia elétrica.

Um exemplo prático seria um grupo de lojistas se unirem e instalarem um sistema de energia solar fotovoltaica em um terreno mais afastado, onde a valorização do imóvel é baixa e não há incidência de sombra, que é muito comum nos centros das grandes cidades.

4 - Autoconsumo remoto

Nesta modalidade, o micro ou mini gerador possui unidades consumidoras na mesma titularidade, sendo pessoa física ou jurídica, e que tenha unidade consumidora com sistema de geração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada. Isso só é possível se as unidades consumidoras estiverem dentro da mesma área de concessão da distribuidora de energia local.

Pode ser uma vantagem nos casos em que o local em que se queira utilizar a energia não possua espaço físico para a instalação de um sistema. Ou ainda, no caso de possuir uma empresa com diversas filiais, e instalar o sistema em apenas uma delas e gerar energia de forma remota para as outras filiais (desde que as filiais tenham o mesmo CNPJ raiz).


 
 


 

Como dar os primeiros passos no seu modelo de negócio?

Priorizar o planejamento na hora de abrir um negócio é primordial, pois, sem um plano definido, há sempre um risco no decorrer do tempo de falência prematura dos pequenos negócios.

Portanto, o empreendedor deve entender bem seus custos e, ao mesmo tempo, ter uma saúde e uma reserva financeira, principalmente para momentos de instabilidade como o atual cenário decorrente da pandemia, bem como ter um preço competitivo perante ao mercado e conhecer bem a região de atuação, o público-alvo e os concorrentes.

Também precisa de presença digital relevante, uma vez que o consumidor hoje está conectado e se relaciona com as empresas por meio das plataformas e do canais digitais

O posicionamento no mercado deve ser feito de forma estratégica e com serviços diferenciados, prezando sempre pela qualidade e fidelização dos clientes. Esses são ingredientes importantes para o empresário se manter competitivo, fortalecer a imagem da empresa perante a sociedade e diminuir os riscos de perda definitiva do negócio.

Por fim e não menos importante, ainda mais se tratando de um mercado que está em crescimento exponencial, é fundamental acompanhar as mudanças e tendências tecnológicas do setor, além do ambiente regulatório.

Quer continuar aprendendo sobre modelos de negócio e encontrar as melhores dicas para seu novo empreendimento? Acompanhe o blog do Sebrae Minas e confira mais conteúdos exclusivos!

Agora que você já sabe como analisar o melhor modelo de negócio do mercado de franquias, se ainda houver alguma dúvida fale com um dos nossos especialistas no Atendimento Online, ligue para nossa Central de Atendimento no telefone 0800 570 0800 ou visite o Ponto de Atendimento mais próximo. Conte com o Sebrae!

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