Entram nos supermercados, todos os dias, consumidores com diferentes perfis. Há aqueles que compram apenas o que foram procurar; os que acabam levando itens a mais; e tem, também, quem passa pelos corredores sem qualquer lista, de olho nas ofertas do dia.
Seja qual for o tipo de cliente, estratégias são essenciais para influenciar na decisão de compra. Uma delas, em específico, considera o visual do negócio, a forma como os produtos estão dispostos e, até mesmo, a localização dentro da loja.
Pensar e organizar o layout de um supermercado é, sim, uma parte do planejamento estratégico do negócio.
Facilitar o acesso dos clientes aos produtos e direcionar o olhar para os itens buscados não é apenas uma estratégia de vendas, mas também de fidelização, afinal, os consumidores desejam cada vez mais praticidade.
Sendo assim, como as gôndolas devem ser organizadas? Quais produtos ficam no alto? Onde devem ficar o hortifruti e o açougue? Veremos tudo isso a seguir.
Layout: o que é?
Quando pensamos no layout de um supermercado, estamos planejando toda a disposição do mobiliário, equipamento e produtos na loja física.
Além de considerar a ocupação do espaço, o layout é planejado para ordenar o fluxo de clientes e influenciar nas decisões de compra.
Existem alguns tipos de layouts que podem ser explorados nos supermercados. Os principais são:
- De caminho forçado: que orienta o cliente por uma rota determinada da loja;
- De grade: corresponde a um padrão de organização simples para o cliente;
- Em loop: estabelece trajetos claros para o fluxo de consumidores;
- Misto: mistura diferentes tipos de layouts para encontrar o melhor resultado.
Benefícios de um bom layout
Uma estratégia de layout bem aplicada traz diversos benefícios para o supermercado, como:
- Aumento das vendas;
- Agilidade e rapidez nas compras;
- Facilidade de reposição;
- Mais acessibilidade e visibilidade para os clientes;
- Mais possibilidades para a exposição de novos produtos.
Organizando o ambiente
Na hora de planejar o layout de um supermercado, alguns pontos são fundamentais para a organização do ambiente. São eles:
Mapeamento
Antes de qualquer definição, é importante fazer um mapeamento para entender como os clientes se comportam na loja.
Nesse momento, é necessário pensar na disposição dos componentes e produtos no espaço. O fluxo dos clientes no espaço também deve ser considerado aqui.
Soluções
Feito o mapeamento, a etapa seguinte é definir uma proposta de layout que traga soluções para as informações obtidas na fase anterior.
Essa organização deve contemplar:
- Lógica de circulação;
- Distribuição adequada dos produtos;
- Corredores confortáveis;
- Espaço para organizar carrinhos de compras;
- Setorização;
- Iluminação estratégica;
- Sazonalidade e datas especiais;
- Facilidade para reposição;
- Exposição que estimule o desejo de compra.
Implementação e avaliação
Depois de planejar a organização com critério, é hora de implementar o layout ou, se for o caso, as mudanças na disposição já adotada.
É necessário, ainda, avaliar se toda a estratégia está funcionando e se os clientes estão satisfeitos com a orientação de fluxo dentro da loja.
Planograma
Uma ferramenta valiosa para auxiliar na organização do ambiente é o planograma, também conhecido como plano de gôndola.
Geralmente apresentado em forma de desenho gráfico, o planograma permite estabelecer um padrão de distribuição das mercadorias.
Otimizar a organização e tornar a experiência do cliente mais satisfatória estão entre as vantagens do uso desse plano.
O planograma beneficia, também, o trabalho de reposição de produtos e evita prejuízos causados por prateleiras vazias.
Para elaborar um desenho gráfico eficiente, é essencial envolver toda a equipe no processo. A participação dos colaboradores facilita a compreensão sobre o ambiente.
Produtos em evidência
O planograma deve considerar a visão dos olhos dos clientes para definir a localização dos produtos nas prateleiras.
- Acima da cabeça - aqui, ficam os itens de menor interesse e que, portanto, têm um volume menor de vendas;
- Altura dos olhos – é o nível de mais destaque, onde devem ficar os produtos de maior demanda e rentabilidade;
- Linha da cintura – também está dentro de um campo de visão adequado, por isso, é ideal para receber outros produtos com boa demanda ou aqueles que podem estimular uma compra por impulso;
- Abaixo da cintura – reserve essas prateleiras para os produtos mais em conta e com boa rotatividade;
- Próximo ao chão – esse nível deve ser reservado para os itens mais pesados.
Mais vendidos
A elaboração do plano de gôndolas deve se basear nos trajetos percorridos pelos clientes desde a entrada. E, quanto maior o caminho, mais chances de estimular a decisão de compra.
Nesse sentido, uma prática a ser adotada é posicionar os itens mais vendidos e de primeira necessidade em pontos distantes da porta de entrada, o que aumenta o tempo de permanência do consumidor na loja.
Essa lógica também se aplica, por exemplo, ao hortifruti, ao açougue e à padaria, que têm grande potencial para atrair os clientes.
Cross Selling
A estratégia de cross selling, também conhecida como venda cruzada, pode ser uma boa aliada do planejamento de layout.
O cross selling é a oferta de produtos que se complementam, seja agregando valor aos itens adquiridos, privilegiando a sazonalidade ou criando kits e promoções que estimulem a compra.
Mas, atenção: como qualquer estratégia, o cross selling exige critério. É preciso fazer associações que sejam relevantes ou o cliente pode se sentir manipulado pelo posicionamento e sugestão de itens que não tem a ver um com o outro.
Teste as possibilidades
A tecnologia facilitou diversas etapas do planejamento de layout. Das medições ao planograma, há softwares que podem auxiliar nessa tarefa.
Da mesma forma, é importante lembrar que toda estratégia deve ser submetida a testes. Se um modelo de organização não funciona, é sempre possível tentar outro. Só não vale insistir naquilo que não traz resultados, combinado?
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