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Metodologias ágeis e tradicionais na indústria criativa

Entenda como as metodologias ágeis e tradicionais se encaixam nos negócios da indústria criativa

Publicado em
17/05/2024 15:24

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Entenda como as metodologias ágeis e tradicionais se encaixam nos negócios da indústria criativa

Como as metodologias ágeis e metodologias tradicionais se encaixam no cenário da indústria criativa?

Se você é um designer, artista, produtor de mídia, desenvolvedor de jogos, agência de publicidade ou qualquer outro participante da indústria criativa, esta discussão é relevante para o sucesso de seus empreendimentos. Vamos desvendar agora as vantagens e desvantagens de cada metodologia, fornecer exemplos práticos de como aplicá-las e ajudar a direcionar sua jornada em direção a projetos de sucesso e inovação na indústria que valoriza a criatividade como sua moeda mais preciosa.

Neste conteúdo, vamos explorar as características de ambas as abordagens e como elas se encaixam no cenário da indústria criativa.


 
 


 

Metodologias tradicionais: o que são e como funcionam

As metodologias tradicionais são abordagens de gerenciamento de projetos que seguem uma sequência linear e estruturada de atividades. Aqui estão algumas características-chave das metodologias tradicionais:

Sequencial: As metodologias tradicionais, como o modelo Waterfall, seguem uma sequência fixa de etapas, onde uma fase deve ser concluída antes que a próxima possa começar. Isso cria uma abordagem linear e rígida para o projeto.

Documentação extensa: Um dos pilares das metodologias tradicionais é a criação de documentação detalhada, como planos de projeto, especificações e relatórios. Isso ajuda a garantir que todos os aspectos do projeto estejam bem documentados.

Foco em planejamento: A ênfase está no planejamento inicial detalhado, com a expectativa de que os requisitos do projeto permaneçam estáveis ao longo do tempo.

Feedback tardio: Geralmente, o feedback do cliente é obtido após a conclusão do projeto, o que torna difícil fazer alterações significativas no produto ou serviço final.

Controle de mudanças complexo: Fazer mudanças significativas no projeto após o início pode ser complicado e oneroso nas metodologias tradicionais.

Metodologias ágeis: o que são e como funcionam

As metodologias ágeis são conhecidas por sua adaptabilidade e ênfase na colaboração. Elas também priorizam o valor entregue ao cliente e a colaboração de equipe. Elas se baseiam em indivíduos e interações acima de processos e ferramentas, e respondem a mudanças que podem acontecer ao longo do tempo.

Aqui estão as principais características:

Desenvolvimento contínuo: Os projetos são quebrados em fases curtas e frequentes, tipicamente chamadas de "sprints". A cada fase, novas funcionalidades ou melhorias são entregues.

Colaboração intensa: As equipes multidisciplinares colaboram estreitamente, priorizando a comunicação direta em vez de documentação extensa. Reuniões regulares são realizadas para acompanhar o progresso.

Adaptação a mudanças: As mudanças nos requisitos são bem-vindas e podem ser incorporadas a qualquer momento, o que é especialmente útil quando os requisitos são voláteis ou mal definidos.


 


 

Exemplos de metodologias ágeis

Scrum:

O Scrum é um dos frameworks ágeis mais populares e é conhecido por sua abordagem iterativa e incremental. Ele divide o trabalho em ciclos chamados "sprints", geralmente com duração de duas a quatro semanas, durante os quais as equipes desenvolvem um conjunto de recursos ou funcionalidades. O Scrum enfatiza a colaboração, a transparência e a adaptação contínua. Possui papéis definidos, quando realizado por equipes, como Scrum Master e Product Owner, e eventos regulares, como reuniões diárias de stand-up e revisões de sprint.

E na prática? Uma agência de design gráfico pode usar o Scrum para criar designs de produtos em sprints de duas semanas. Cada sprint resulta em um conjunto de designs que podem ser revisados e ajustados de acordo com o feedback do cliente.

Kanban

O Kanban é um sistema visual de gerenciamento de fluxo de trabalho que se concentra em maximizar a eficiência e a produtividade. As tarefas são representadas por cartões e movem-se por colunas em um quadro Kanban. Cada coluna representa uma etapa do processo, e o objetivo é limitar o trabalho em progresso para evitar sobrecarregar a equipe. O Kanban oferece flexibilidade e permite que as equipes adaptem seu fluxo de trabalho com base na demanda e na capacidade.

E na prática? Um desenvolvedor de sites pode usar um quadro Kanban para rastrear o progresso de diferentes projetos, desde a concepção até a entrega. Isso ajuda a identificar gargalos e priorizar tarefas.

Lean

O Lean, originado na indústria automobilística, visa eliminar desperdícios e melhorar a entrega de valor aos clientes. Ele se concentra em identificar e eliminar atividades que não agregam valor aos processos. Os princípios Lean incluem a busca contínua por melhorias, a minimização de estoques, a redução de tempo de ciclo e o envolvimento de todos os membros da equipe na identificação de problemas e soluções.

E na prática? Uma produtora de vídeo pode aplicar os princípios Lean para identificar e eliminar atividades que não agregam valor aos projetos. Isso resulta em produções de vídeo mais eficientes e econômicas.

Design Thinking

Embora não seja estritamente um framework ágil, o Design Thinking é uma abordagem centrada no usuário para resolução de problemas criativos. Ele envolve a compreensão profunda das necessidades e emoções dos usuários, a geração de ideias inovadoras, a prototipagem e o teste iterativo. O Design Thinking é altamente colaborativo e enfatiza a empatia com os usuários.

E na prática? Uma empresa de design de produtos pode usar o Design Thinking para entender as necessidades dos clientes e criar produtos inovadores que atendam a essas necessidades.

SAFe (Scaled Agile Framework)

O SAFe é projetado para escalar os princípios ágeis para grandes organizações. Ele fornece uma estrutura que permite a coordenação e o alinhamento de múltiplos times ágeis em uma empresa. O SAFe inclui papéis como Equipes Ágeis, Release Trains e Program Increment (PI) Planning, que ajudam a sincronizar o trabalho em grande escala, mantendo a flexibilidade ágil.

E na prática? Uma profissional que produz conteúdo para várias plataformas pode usar o SAFe para coordenar projetos de produção em larga escala, garantindo que todas as partes estejam alinhadas e trabalhando de forma eficiente.


 
 


 

Como as metodologias ágeis podem ser usadas na indústria criativa?

As metodologias ágeis podem ser altamente benéficas na indústria criativa, especialmente para micro e pequenas empresas, pois proporcionam flexibilidade e adaptabilidade, permitindo que esses negócios gerenciem projetos criativos de maneira eficaz. Veja algumas maneiras de como as metodologias ágeis podem ser aplicadas com o exemplo de uma empresa do setor.

Vamos explorar o empolgante universo da Urbana, uma empresa fictícia especializada no design de camisetas com estampas que capturam a riqueza e a autenticidade da cultura local. No epicentro desta narrativa está o projeto "Raízes Vestíveis", uma ambiciosa empreitada para criar uma coleção de camisetas que celebra as tradições culturais locais.

1. Método Scrum:

Ao dar o pontapé inicial no projeto "Raízes Vestíveis", a Urbana adotou o Método Scrum para organizar uma equipe multidisciplinar composta por designers, ilustradores e especialistas em marketing. Os "squads" ágeis colaboraram em sprints quinzenais, assegurando entregas regulares de novos designs, conceitos de marketing e estratégias de lançamento. O Scrum proporcionou uma abordagem adaptável, permitindo que a equipe ajustasse criativamente as direções do projeto conforme a evolução das tendências e preferências do público.

2. Kanban:

Durante a fase de produção do projeto, a Urbana incorporou o Kanban para otimizar o fluxo de trabalho. Um quadro Kanban visual permitiu o acompanhamento claro das tarefas, desde o conceito até a produção final das camisetas. A flexibilidade do Kanban permitiu à equipe priorizar atividades conforme a demanda do mercado, garantindo uma produção eficiente e a resolução imediata de eventuais obstáculos no processo.

3. Design Thinking:

Na etapa de concepção do projeto, a Urbana imergiu no Design Thinking para compreender profundamente as nuances culturais a serem representadas nas estampas. Realizando pesquisas, workshops de design colaborativo e prototipagem rápida, a equipe criou estampas autênticas que não apenas refletiam a cultura local, mas também ressoavam com a identidade de seu público-alvo. O Design Thinking não foi apenas um processo, mas uma jornada imersiva para conectar-se verdadeiramente com a essência cultural das estampas.

4. Sprints:

À medida que o projeto "Raízes Vestíveis" se aproximava do lançamento, a Urbana implementou sprints específicos para a promoção e comercialização das camisetas. Cada sprint focava em estratégias de mídia social, colaborações com artistas locais e eventos de lançamento. Esses sprints de curto prazo permitiram à empresa se adaptar rapidamente às mudanças nas tendências de mercado, otimizando as estratégias de marketing e maximizando o impacto do lançamento.

Metodologias ágeis ou tradicionais: as empresas devem optar por uma delas?

A pergunta que resta, então, é sobre o que é melhor para gerenciar e criar nos negócios da economia criativa. Afinal, você deve optar por metodologias ágeis ou tradicionais?

No fim das  contas, metodologias ágeis e tradicionais podem ser complementares para empresas de economia criativa em busca de crescimento. As metodologias ágeis oferecem flexibilidade e inovação, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente a mudanças de mercado e requisitos do cliente. Elas também enfatizam ciclos de feedback curtos, que são valiosos para ajustar produtos e projetos de acordo com as necessidades do público-alvo. Já as metodologias tradicionais, trazem estrutura, planejamento sólido e gerenciamento de riscos, o que é fundamental para projetos criativos complexos que precisam de uma base robusta.

Uma abordagem híbrida, que combina elementos de ambas as metodologias, pode ser especialmente eficaz, permitindo que as empresas criativas aproveitem a agilidade do ágil no início de um projeto e, em seguida, adotem uma abordagem mais tradicional à medida que avançam para a produção em larga escala e distribuição. Além disso, a cultura ágil promove a colaboração, a transparência e a responsabilidade individual, que são aspectos cruciais para empresas de economia criativa que dependem da criatividade e inovação de seus funcionários.

Em última análise, a escolha de abordagens específicas dependerá das necessidades e contextos individuais de cada projeto e organização, mas a combinação dessas metodologias pode ajudar as empresas de economia criativa a alcançar um crescimento mais eficaz e sustentável.

Dúvidas? Fale com um de nossos especialistas no Atendimento Online, ligue para nossa Central de Atendimento no telefone 0800 570 0800 ou visite a Agência de Atendimento mais próxima.

Publicado em 17/05/2024 15:24

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