Para quem empreende no Brasil, a Gestão de Redes Sociais é dever de casa. Afinal, grande parte do público das marcas está na internet, e a maioria dessas pessoas passa horas do dia no Instagram, no Facebook, no TikTok etc. Para sermos mais específicos, o brasileiro gasta em média 120 minutos nas telinhas dos aplicativos.
Se a presença digital, hoje, é fundamental para manter a competitividade dos negócios, boa parte se deve às metodologias de Gestão de Redes Sociais para atração, relacionamento e conversão de leads em clientes.
Tendências para redes sociais em 2022
As redes sociais estão sempre mudando. Novas funcionalidades, novas formas de falar com o público e de gerenciar o seu perfil.
Mas afinal, o que podemos esperar neste tema para este ano e o futuro próximo?
A primeira tendência é o Social Commerce. Na prática, essa é a forma de vender através das plataformas de mídias sociais, usando os diversos formatos de mídias compráveis.
Hoje, quem tem um perfil pode utilizar recursos como a tag de preço em feed de Instagram, nos Stories, nos Reels. Esse tipo de formato permite que você crie conteúdo em novos formatos, explorando possibilidades diferentes de interagir com seu público-alvo.
Há também o Live Commerce, que se destacou nos últimos anos e foi sucesso durante a pandemia. Trata-se do comércio por meio de transmissões ao vivo, as famosas “lives”. Você já deve ter visto alguma do tipo, não é mesmo?
Nesse formato, a marca usa as redes sociais para se apresentar ao vivo, divulgando um catálogo de produtos, por meio do qual a pessoa pode ver o produto sem sair da Live.
Acima de tudo isso, há ainda o check-out nativo para que as pessoas possam comprar sem sair da plataforma de mídia social. Então, essa é uma das maiores tendências, um dos próximos passos tanto do Pinterest quanto do Instagram e do TikTok.
Ainda dentro das tendências na Gestão de Redes Sociais, está a utilização dos vídeos curtos, verticais. Eles são o grande formato da vez. Foram introduzidos pelo TikTok e agora existem no Instagram, no YouTube, e a partir daí todas as outras devem seguir, assim como aconteceu com os Stories, que acabou se difundindo em outras plataformas.
O uso da realidade aumentada é outra tendência no universo do Social Commerce. Então, essa é uma funcionalidade que deve ajudar diversos negócios locais que vendem produtos físicos a criar modelos tridimensionais a fim de que você possa testar ou ver o produto no próprio post, usando a câmera ou alguma coisa assim. Dando um exemplo: marcas de maquiagem podem fazer algum tipo de post com realidade aumentada, e o usuário pode testar produtos usando a câmera frontal, como se fosse um filtro dos Stories do Instagram, com a possibilidade de compra também.
O que evitar no seu planejamento de redes sociais
Além de grandes oportunidades, é preciso estar de olho no que não deve ser feito nas redes sociais.
Primeiro, é evitar achar que engajamento é sinônimo de sucesso na Gestão de Redes Sociais. Engajamento é, de fato, um sinal positivo de que você está fazendo um bom conteúdo, de que há uma aprovação social daquilo que você está desenvolvendo. No entanto, lembre sempre: likes não pagam as contas. Vendas, sim. Então, no fim do dia, é isso que importa. Logo, o que deve se evitar, acima de tudo, é buscar o engajamento pelo engajamento.
Outro ponto importante é entender que as redes sociais fazem parte de uma jornada de descoberta. É possível também, assim como estávamos falando de Social Commerce, fazer com que o usuário tome uma decisão de compra e avance no funil.
Rede social não é somente para tornar sua marca conhecida, mas para se preocupar com toda a jornada do cliente. Não é só para ficar panfletando, tentando fazer simplesmente venda, venda. O espaço também é propício para quem já é cliente, justamente para você criar relacionamento com eles e transformá-los em promotores da marca.
Você pode entender mais sobre jornada e funil neste material.
Isto é o principal do Planejamento e Gestão das Redes Sociais: não usá-las somente para panfletagem, não focar somente em venda, tentando falar com novos clientes, não achar que like e engajamento é tudo. É preciso entender que existe uma jornada e que as plataformas atuam nessa jornada.
Rede social pressupõe relacionamento, envolve criar conteúdo relevante, útil, construir valor e, como consequência, usar o espaço para vender.
É preciso ainda olhar os diversos tipos de métricas, além do engajamento, como a frequência de exposição do post, o tempo de visualização, a qualidade da audiência e construir algo mais duradouro. Esses são os principais erros que eu entendo que precisam ser evitados na Gestão das Redes Sociais.
O tom de voz certo para cada rede social
Uma parte crucial da boa gestão de redes sociais é encontrar o tom de voz certo. O tom de voz é o conceito que representa a forma como a marca se posiciona e se comunica nos seus canais oficiais.
O tom de voz deve estar alinhado aos propósitos da marca e aos objetivos de negócio naquele determinado canal.
Pensando nisso, surge uma dúvida comum: dá para utilizar o mesmo post em redes sociais diferentes?
E a resposta é simples. Sim, é possível, mas não é recomendado porque você pode não estar usando o melhor formato para passar a mensagem naquele canal específico.
O ideal é que você tenha uma narrativa transmídia, ou seja, você precisa contar a mesma história nos vários canais onde sua empresa esteja presente, mas essas histórias devem ser complementares, não apenas duplicadas, e respeitar as regras de conteúdo de cada canal.
Por exemplo, em uma quinzena. Se você quer falar de uma nova coleção, todos os posts durante a quinzena devem falar da mesma mensagem. Não é que cada post será igual ao outro. Cada postagem contará um pedaço daquela mensagem. Dessa forma, vão sendo criados pontos de interesse em cada contato do consumidor com sua mensagem.
Marketing de influência e influenciadores: vale a pena usar?
O Marketing de Influenciadores é eficaz para o objetivo de brand awareness, ou seja, de estimular o conhecimento das pessoas sobre seu negócio. Mas também podem estimular a venda de produtos.
Nesse cenário existem vários tipos de influenciadores digitais. Os macroinfluenciadores são os que têm dezenas ou centenas de milhares de seguidores. Alguns têm até milhões de pessoas seguindo seus perfis. Para pequenos negócios ou para quem está começando, são menos acessíveis e custam caro. Ainda assim, contratá-los é uma boa oportunidade para que você trabalhe com o objetivo de transferência de autoridade para posicionar uma marca no mercado. Esses influenciadores atingem grande número de pessoas e, com isso, facilitam o reconhecimento da sua marca.
Já os microinfluenciadores são bons para os objetivos de vendas, desde que eles se tornem consumidores ou clientes da sua marca e que tenham veracidade na fala. Eles são aqueles perfis com menos seguidores, não passando de dezenas de milhares.
Existem ainda os nanoinfluenciadores. E uma das grandes tendências na Gestão de Redes Sociais é transformar clientes em nanoinfluenciadores. Para fazer isso, o negócio deve encontrar e monitorar quem são os clientes brand lovers, apaixonados e promotores da marca convidar e treinar essas pessoas para que elas sejam nanoinfluenciadoras, escrevendo e criando conteúdo para a marca, de maneira remunerada, seja em dinheiro, seja em produtos, tanto faz.
O objetivo com os nanos é criar promotorese ter uma mão de obra qualificada para criar conteúdo superautêntico, que é muito melhor do que qualquer banco de imagens e até do que a produção própria, já que quando uma pessoa real recomenda produtos e serviços ela tem muito mais credibilidade do que quando a própria marca o faz. Isso traz uma vantagem muito eficaz na conversão porque o conteúdo criado por um nanoinfluenciador tem um poder 9,8 vezes maior de influência para decisão de compra do que um post de um macroinfluenciador, segundo estudo da Stakla.
Esse é um ponto importante sobre a questão do objetivo e da eficácia. De fato, os influenciadores já são a segunda maior fonte de decisão de compra do brasileiro, de acordo com o Instituto Qualibest.
Perceba, porém, que quem de fato é cliente, fala da sua marca e compartilha a experiência que teve com a marca; isso é o mais importante. Então, A primeira fonte de influência é o próprio cliente falando de seus produtos ou serviços para um parente ou amigo. O que é fundamental para mensurar o sucesso é saber que cada tipo de influenciador tem um objetivo, e cada objetivo tem um indicador de sucesso.
Gestão das redes sociais: quem pode fazer?
Por fim, uma dúvida importante sobre a gestão de redes sociais em 2022: afinal, quem deve ser o responsável pelas mídias sociais de uma empresa? É melhor contratar uma agência especializada ou internalizar o trabalho?
A verdade é que não existe o certo errado. O que há é a capacidade do negócio em absorver a função de Gestão das Redes Sociais. Se você tem um pequeno negócio e está começando agora, pode ser mais fácil terceirizar o serviço com um freelancer ou até mesmo com uma pequena agência.
Mas em grande parte das vezes, contar com uma pessoa ou equipe interna pode trazer vantagens. Isso porque é importante que a equipe de Gestão de Redes Sociais esteja profundamente envolvida no negócio, em contato com o cliente, entendendo os produto, pensando estratégias e testando o tempo todo.
Ter uma equipe interna pode assustar alguns empreendedores ou empreendedoras, mas calma! Antes de mais nada, uma única pessoa pode ser suficiente para se dedicar e cuidar da gestão das redes sociais. Caso você possa contar com essa profissional no time, ótimo! Já estará muito mais perto de fazer uma boa gestão das suas redes. Para ajudar ainda mais nessa jornada, nós separamos também algumas ferramentas que ajudam muito na vida de profissionais de redes sociais. Confira a lista aqui!
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