A economia criativa é um setor econômico que engloba atividades relacionadas à criatividade, ao capital intelectual e à inovação. Ela é baseada no uso do conhecimento, da cultura e da tecnologia para produzir bens e serviços que sejam novos, únicos e originais.
Atualmente, vivemos um momento de massificação e escalonamento de produtos em todo o mundo, propiciada pelo avanço da internet. Nesse cenário, então, como fazer diferença? Somente com uso da criatividade somos capazes de transformar o modelo seriado, para um modelo único, exclusivo e gerar diferenciação de produtos e serviços. Isso significa trazer as características culturais, sociais e humanas para os produtos e serviços.
Essas características geram também um valor econômico, ou seja, referem-se ao valor percebido pelo mercado, imprimindo importância, necessidade e utilidade para pessoas ou empresas. Podemos então dizer, que a riqueza atualmente está centrada na inovação e na criatividade.
E como estamos falando de conceitos muito amplos, que passam por arte, cultura e criatividade, como podemos entender, de fato, o que envolve a economia criativa?
Neste conteúdo, vamos passar pelas principais áreas e indústrias criativas. Se você faz parte deste segmento ou pensa em fazer, venha descobrir com a gente que tipo de negócio está incluído no amplo universo da economia criativa.
Afinal, o que é economia criativa?
A ascensão e o desenvolvimento da economia criativa refletem bem a mudança mais ampla que está ocorrendo na economia global – a mudança de uma economia mais baseada na produção de bens para economias baseadas fortemente na prestação de serviços.
Em relação ao seu conceito, a economia criativa diz respeito a um conjunto de atividades econômicas baseadas no conhecimento, na criatividade e na expressão cultural. Ela abrange setores que utilizam a criatividade como ferramenta para produzir bens e serviços. Essa abordagem econômica reforça a importância da cultura e das indústrias culturais como elementos-chave para o desenvolvimento sustentável de cidades e países.
Uma das primeiras abordagens sistemáticas sobre o tema foi realizada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), que publicou em 2008 um relatório intitulado "Economia Criativa como Força Impulsionadora para o Desenvolvimento Sustentável". Nesse documento, a UNCTAD destacou a importância da economia criativa como uma alternativa para impulsionar o desenvolvimento de países em desenvolvimento, ressaltando a necessidade de políticas públicas e investimentos nesse setor.
E qual a importância da economia criativa?
A economia criativa é um setor importante para a economia global. Ela representa cerca de 3% do PIB mundial e emprega milhões de pessoas. A economia criativa também é um importante motor de crescimento econômico. Ela é responsável por gerar novas empresas, empregos e renda.
Qual é o tamanho da economia criativa?
Atualmente, a indústria da cultura e criatividade representam 6,2% dos empregos no mundo e 3,1% do Produto Interno Bruto, PIB, global.
Segundo estimativas da ONU, as indústrias da economia criativa geram receitas anuais de mais de US$ 2 trilhões e respondem por quase 50 milhões de empregos em todo o mundo. Cerca de metade desses trabalhadores são mulheres, e essas indústrias empregam mais pessoas de 15 a 29 anos do que qualquer outro setor. A televisão e as artes visuais constituem as maiores indústrias da economia criativa em termos de receitas, enquanto as artes visuais e a música são as maiores indústrias em termos de emprego.
Dados da ONU estimam que, entre 2019 e 2020, houve uma contração de US$ 750 bilhões no valor bruto agregado pela economia criativa globalmente devido à pandemia. Isso corresponde a cerca de 10 milhões de empregos perdidos no setor em todo o mundo. Para cada país, as perdas de receita em 2020 variaram de 20 a 40%.
No Brasil, a economia criativa é um setor em crescimento. Ela representa cerca de 3% do PIB nacional e emprega mais de 2 milhões de pessoas.
Resumindo, então, a economia criativa é um setor importante para a economia brasileira e mundial. Ela tem o potencial de gerar novos empregos, renda e crescimento econômico. E para que isso siga crescendo, o governo brasileiro tem promovido a economia criativa por meio de políticas públicas, como o Plano Nacional de Cultura.
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Quais são as áreas da economia criativa?
Como vimos até aqui, as chamadas indústrias criativas usam de capital intelectual como insumo para gerar negócios.
A fim de entender quais são as principais áreas e que tipos de negócio a economia criativa engloba, podemos começar das seis áreas prioritárias, propostas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
As seis áreas prioritárias da economia criativa foram estabelecidas pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) em seu relatório intitulado "Economia Criativa como Força Impulsionadora para o Desenvolvimento Sustentável", publicado em 2010. Essas áreas foram identificadas como tendo um potencial significativo para o crescimento econômico e para promover o desenvolvimento sustentável nos países. As seis áreas prioritárias são:
- Patrimônio Natural e Cultural - museus, locais históricos e sítios arqueológicos, paisagens culturais, patrimônio natural;
- Espetáculos e celebrações - artes cênicas, festas e festivais, feiras;
- Artes visuais e plástica - artesanatos, pintura, escultura e fotografia;
- Livros e periódicos - livros, jornais e revistas, outros materiais impressos, bibliotecas físicas e virtuais, feiras do livro;
- Audiovisual e mídias interativas - cinema e vídeo, televisão e rádio (inclusive internet), internet podcasting, videogames (inclusive on-line). Também engloba produção, direção, roteiro, pós-produção, animação, efeitos especiais, distribuição e exibição de filmes, séries e conteúdo audiovisual.
- Design e serviços criativos - design de moda, de gráficos e de interiores, paisagismo, serviços de arquitetura e serviços publicitários.
Além disso, a economia criativa também pode envolver outras atividades e áreas, como:
Música: Compreende compositores, músicos, produtores musicais, festivais e eventos musicais, gravação e distribuição de música.
Artesanato e moda: Compreende artesãos, designers de moda, joalheiros e todos os envolvidos na produção e comercialização de produtos artesanais e de moda.
Arquitetura: Inclui arquitetos e urbanistas que projetam espaços e edifícios com enfoque na criatividade e funcionalidade.
Publicidade e marketing: Engloba profissionais que criam campanhas publicitárias e estratégias de marketing inovadoras e criativas.
Software e jogos digitais: Inclui desenvolvedores de software, criadores de jogos eletrônicos e empresas que trabalham na criação e comercialização de aplicativos e jogos.
Turismo criativo: Envolve experiências turísticas baseadas na criatividade local, como visitas a estúdios de artistas, participação em workshops culturais, entre outros.
Artes digitais e novas mídias: Inclui artistas e criadores que trabalham com arte digital, realidade virtual, realidade aumentada, arte interativa, entre outros.
Essas são apenas algumas das principais áreas que compõem a economia criativa. É importante notar que as possibilidades, em todas essas áreas, são inúmeras!
Além disso, muitas vezes essas áreas se entrelaçam, criando sinergias e oportunidades para inovação e para a criação de negócios de sucesso!
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