Comprar passagens aéreas, reservar hospedagens e adquirir pacotes para atrações turísticas são alguns dos comportamentos que fazem parte, hoje, da rotina dos turistas.
A relevância da oferta desses serviços on-line é comprovada pelos números. Segundo a Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav), o setor já faturou mais de R$ 8,7 bilhões só com negócios feitos pela internet.
A partir da importância que a presença on-line ganhou para a área, surgiram as Agências de Turismo On-line, conhecidas como OTAs ou On-line Travel Agency, no original em inglês.
As OTAs passaram a vender produtos de turismo, simplificando a busca dos consumidores por ofertarem opções e reunirem serviços distintos em uma mesma plataforma. Por contribuírem com a democratização, essas ferramentas passaram a ser viáveis para os pequenos negócios do setor.
No entanto, ainda que tragam benefícios, as OTAs não devem representar a única solução para o bem-estar de um negócio. Vamos, a seguir, falar um pouco mais sobre as OTAs e a relação com os pequenos negócios de turismo.
OTAs: o que são?
As OTAs são sites especializados que reúnem mecanismos de busca e reserva de produtos e serviços de turismo.
As Agências de Turismo On-line funcionam como intermediários entre fornecedores e consumidores. Por elas, é possível reservar e/ou adquirir passagens aéreas, hospedagem, transporte e atividades em um destino.
Esse modelo surgiu na década de 90 e foi se modernizando conforme a tecnologia foi aperfeiçoada.
O alcance da internet modificou os hábitos dos consumidores e essa ferramenta passou a ganhar espaço na rotina acelerada e cada vez mais prática das pessoas.
Hoje, as OTAs são um importante canal de vendas para os negócios de turismo, independentemente do tamanho.
Através dessas plataformas, os proprietários dos negócios utilizam um sistema que gerencia e compartilha dados sobre acomodações, assentos em voos de companhias aéreas e disponibilidade de lugares em passeios.
Modelos de negócios
No caso dos hotéis, existem dois modelos de negócios de OTAs, sendo que a maioria das plataformas opta por atuar de forma mista.
Modelo de varejo
Quando a agência de turismo on-line vende e recolhe o pagamento dos hóspedes no ato da reserva. Depois disso, a OTA faz o pagamento ao hotel.
Geralmente, nesses casos, existe um contrato entre a OTA e o fornecedor para disponibilizar acomodações por tarifas mais favoráveis.
Modelo de agência
Aqui, o consumidor utiliza a OTA para fazer a reserva, mas paga diretamente ao hotel no checkout.
Nesse modelo, uma comissão sobre o valor total da reserva é paga pelo hotel à OTA e não há contratos entre as partes. As tarifas são definidas por quem fornece a hospedagem.
Taxas e comissões
As OTAs costumam cobrar taxas e/ou comissões dos proprietários de negócios turísticos pela presença deles nas plataformas. Essa cobrança pode ser feita por meio de um pagamento fixo ou por porcentagens nas vendas.
Frequentemente, essas taxas e comissões são justificadas como cobertura com custos de publicidade, suporte e gerenciamento dessas plataformas, além da geração de visibilidade e reservas.
Quais os benefícios das OTAs?
As Agências de Turismo On-line podem trazer alguns benefícios para os pequenos negócios do setor. Entre elas, estão:
- Visibilidade: uma OTA permite que turistas possam visualizar e fazer reservas em qualquer lugar do mundo. Essas plataformas também atingem clientes de diferentes perfis e facilitam o acesso a novos mercados.
- Preços mais transparentes: a exposição dos preços permite comparações e favorece a transparência. Essa característica tem efeito direto sobre a tomada de decisão dos consumidores.
- Concorrência: mais do que reunir opções distintas, esses sites especializados acabam estimulando a concorrência pelos preços mais competitivos.
- Confiança: por terem criado marcas próprias, as OTAs emprestam confiança e reconhecimento aos fornecedores, gerando mais segurança para os consumidores.
Como se destacar nas OTAs?
Ficou claro, até aqui, que as OTAs são ferramentas estratégicas importantes para negócios do setor de turismo.
Porém, a simples presença nessas plataformas não é garantia de sucesso. Para se destacar, é preciso dedicar-se a algumas questões, como:
- Zelar pela qualidade das fotos para causar uma boa impressão;
- Preencher detalhadamente todas as informações solicitadas pela OTA sobre o serviço e/ou acomodações fornecidas;
- Ter uma comunicação diferenciada e personalizada para responder avaliações e aumentar a confiança dos consumidores;
- Presar pela organização e agilidade para lidar com as informações e reservas, investindo, inclusive, em processos automatizados de gerenciamento;
- Utilizar políticas de precificação para entender como os preços oferecidos na plataforma podem impactar na margem de lucro do negócio.
Não seja dependente delas
Apesar da relevância das OTAs no mercado de turismo atualmente, é fundamental não criar uma dependência dessas plataformas para manter a saúde do seu negócio.
Antes de tudo, é preciso analisar se a cobrança das taxas e comissões praticada pelas OTAs está comprometendo a rentabilidade.
Estabelecer parcerias locais é uma forma de criar independência das OTAs. Outro fator importante é ter uma forma presença digital do negócio.
Esse relacionamento contato on-line, disponibilizando informações e soluções em redes próprias, aumenta as chances de captação de turistas sem depender das OTAs.
Por isso, ter um site responsivo; sistemas eficientes de reservas e pagamentos on-line; e zelar pela segurança das informações dos consumidores são ações que não devem ser desconsideradas.
Quer saber mais sobre a importância da presença digital para um negócio? Então, acesse a série “Redes Sociais”, do Sebrae Play, e aprenda a traçar estratégias que trarão resultados positivos.
Analise bem!
É inegável que as OTAs surgiram para democratizar o mercado e facilitar a jornada dos consumidores.
No entanto, mesmo tendo essas ferramentas como aliadas, é preciso fazer uma análise aprofundada sobre a adesão a essas plataformas e o impacto delas para o seu negócio.
É fundamental considerar que as OTAs cobram taxas que correspondem a cerca de 30% do valor do serviço.
Da mesma forma, também é preciso pensar em uma política de precificação, que deve levar em conta diferentes estratégias comerciais para definir o preço do serviço para o cliente final, o que será pago às intermediadoras e o que realmente fica com o negócio.
Então, analise bem as opções e cerque-se de todas as estratégias necessárias para alcançar o sucesso.
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