A importância do desenvolvimento do afroturismo
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Afroturismo: potencial para a valorização da população negra

Explore o impacto e as principais práticas do afroturismo na valorização da cultura negra

Publicado em
10/01/2025 20:04

Tempo de
leitura: 6min

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Explore o impacto e as principais práticas do afroturismo na valorização da cultura negra

O Brasil é um país de população majoritariamente negra. Desde a década de 1940, a soma das pessoas pretas e pardas apresenta percentuais acima dos 50%. Em 2022, segundo o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os negros são mais de 55% da população, o que corresponde a pouco mais de 203 milhões de pessoas.

Esses números colocam o Brasil como o país com a maior população negra fora da África e a segunda maior população negra do mundo, somente atrás da Nigéria.

Apesar dessa constatação, como em outras áreas, a cultura e o legado dessa parcela significativa da população ainda é pouco destacada em roteiros e mapas de turismo.

Para corrigir isso, ganha espaço o conceito de afroturismo, considerada uma vertente do turismo cultural que preserva e divulga o patrimônio e a identidade da população negra.

A partir de agora, vamos conhecer mais sobre a importância do desenvolvimento do afroturismo para o setor.


 
 


 

Afroturismo: o que é?

A base do afroturismo são as comunidades negras e envolve experiências de turismo afrocentradas, que evidenciam a participação da população negra na formação da nossa sociedade.

O conceito se conecta ao turismo de experiência, uma vez que tem como proposta levar os turistas a sentirem e reviverem temas relacionados a religião, gastronomia, línguas, músicas e artes do povo negro.

As experiências e valorizações culturais do afroturismo podem ser tanto rurais quanto urbanas, uma vez que a população afro-brasileira está espalhada por diferentes regiões do país.

Potencial

O afroturismo é considerado um segmento com amplo potencial de crescimento e um dos pilares que orienta as ações desenvolvidas pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) para o resgate e a preservação da cultura negra.

Roteiros de afroturismo, que operam em locais e comunidades de relevância históricas, têm o potencial de promover o reconhecimento da população negra para a formação da sociedade.

Com isso, as atividades turísticas do segmento contribuem para a valorização da identidade e da herança da população afro-brasileira.


 
 


 

Inclusão econômica e social

Os roteiros turísticos específicos também têm um reconhecido potencial de inclusão econômica e social.

Atividades do segmento podem ter impacto significativo nas economias locais, gerando fontes alternativas de trabalho e renda.

Somada à relevância histórica, a importância econômica e social fortalece o afroturismo e as experiências enriquecedoras proporcionadas por essa vertente do setor.


 
 


 

Práticas

Experiências de afroturismo podem ser difundidas e valorizadas a partir de algumas práticas dos negócios do setor, como:   

  • Elaboração de roteiros que conectam a histórias e as raízes da cultura negra;   
  • Produção de conteúdos de valorização da população negra, com a divulgação de produtos e serviços voltados para essas comunidades;   
  • Criação de experiências gastronômicas completas, que misturem comida, história e música;   
  • Parcerias com empreendimentos e comunidades locais para zelar pela autenticidade das experiências oferecidas;   
  • Promoção de serviços que garantam uma boa experiência para que turistas negros não se sintam discriminados em destinos;   
  • Garantia do respeito e preservação das tradições culturais, com a preservação do patrimônio da cultura negra e evitando a apropriação cultural;   
  • Criação de programações em datas especiais, como no Dia da Consciência Negra (20 de novembro) e no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho).

Afroturismo em Minas Gerais

O passeio conhecido como Caminhada Chico Rei, em Ouro Preto (MG), é um dos mais conhecidos do estado quando falamos na história da população negra.

Esse circuito está ligado à história de Chico Rei, também conhecido como Galanga, um rei congolês que foi escravizado e trazido ao Brasil para trabalhar em minas do estado.

Apesar das adversidades, Chico Rei conseguiu comprar a própria alforria e, depois, a mina onde trabalhava.

Explorando os recursos da mina, Chico Rei comprou a alforria e libertou dezenas de escravizados na região.

Além de Ouro Preto, outras cidades mineiras, como Contagem, Mariana, Belo Vale, Sabará e Jaboticatubas também são consideradas destinos com alto potencial para o afroturismo.

Valorização cultural

O afroturismo representa uma vertente de oportunidades para o setor, com práticas que valorizam a cultura da população negra.

Além disso, roteiros e destinos turísticos focados no afroturismo também promovem a inclusão social, a economia e a diversidade.

Adotando as práticas dessa vertente, os negócios do setor estão divulgando a história e a cultura, sem falar no fortalecimento das comunidades afrobrasileiras.

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Publicado em 10/01/2025 20:04

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